Publicado em 10/01/2011
Nos primeiros meses após o procedimento ocorre perda de peso acelerada, o que pode prejudicar a nutrição do bebê
A cirurgia bariátrica causa instabilidade no organismo nos primeiros meses, que pode afetar a gravidez (Thinkstock)
Depois de ser submetida a uma cirurgia bariátrica, a mulher deve esperar pelo menos um ano antes de tentar engravidar. Essa é a recomendação de pesquisadores do Serviço de Saúde Pública (National Health Service) do Reino Unido, que fizeram uma revisão dos estudos recentes sobre o assunto. O artigo foi publicado nesta sexta-feira, no periódico The Obstetrician & Gynaecologist (TOG).
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CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Pregnancy outcome following bariatric surgery
Onde foi divulgada: periódico The Obstetrician & Gynaecologist (TOG)
Quem fez: Rahat Khan, Bashir Dawlatly e Oliver Chappatte
Instituição: Serviço Nacional de Saúde (National Health Service) no Reino Unido
Resultado: A gravidez de uma mulher que já foi submetida à cirurgia bariátrica é considerada mais segura e com menos riscos de complicações do que a de uma paciente obesa. Porém, as mulheres devem aguardar pelo menos um ano depois da cirurgia para tentar ter filhos, pois esse e o período em que ocorre uma rápida perda de peso, que leva à instabilidade eletrolítica e nutricional.
A preocupação com o tema é decorrente do aumento da prevalência de obesidade em mulheres em idade reprodutiva. No Reino Unido, estima-se que esse número passe de 24,2%, em 2005, para 28,3% até 2015. Além disso, nos Estados Unidos, 49% dos pacientes submetidos a cirurgias bariátricas entre 2003 e 2005 foram mulheres entre 18 e 14 anos.
Espera — A gravidez de uma mulher que já foi submetida à cirurgia bariátrica é considerada mais segura e com menos riscos de complicações do que a de uma paciente obesa. Porém, os pesquisadores aconselham que as mulheres aguardem de 12 a 18 meses depois da cirurgia para tentar ter filhos.
O motivo é que o primeiro ano após a cirurgia é o período em que ocorre uma rápida perda de peso, que leva à instabilidade eletrolítica e nutricional. Esses fatores podem influenciar o desenvolvimento da gravidez, causando complicações.
Para os pesquisadores, é essencial que a mulher que passa por esse tipo de cirurgia receba também orientações relacionadas à gravidez e métodos contraceptivos, tornando-a apta a se planejar de forma consciente para uma gestação. Além disso, os autores destacam que não há uma razão que determine que essas mulheres precisem fazer parto cesariano.
Fonte: Veja
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